Após ser convidada para entrevista na Rádio Marajoara FM, programa Mix Atualidades, sob o comando do radialista Nonato Pereira, a Diretoria Colegiada do SISEMPPA tem recebido várias denúncias e pedidos para divulgação.
Temos tido o cuidado para verificar a credibilidade das informações recebidas.
No dia 08/10/2015 fomos procurados por policiais militares cedidos ao Ministério Público do Estado do Pará - MPPA que nos pediram para divulgar a insatisfação sentida por boa parte da tropa, diante fatos que merecem ser apurados.
No dia 09/10, em nova entrevista, o radialista nos colocou, no ar, em contato telefônico direto com o Coronel PM Roberto Campos, Comandante Geral da Polícia Militar do Pará, para o qual foram lidas as críticas e denúncias feitas por servidores da carreira militar, cedidos ao MPPA, as quais transcrevemos abaixo:
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Estão cedidos para o MP 162 PMs e 25 BMs.
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Apenas uns agraciados foram liberados para participar do aniversário do
Gabinete Militar. Os demais tiveram que ficar reparando os carros estacionados
e fazer o policiamento a pé nas redondezas do Edificio-Sede.
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O comando tem que se preocupar com o bem estar do militar que tira serviço de
11 horas com péssimas condições de trabalho.
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Em alguns locais o policial não pode se sentar. Em outros tem que ficar em
local insalubre, como em uma guarita debaixo de telhado de zinco, com colete e
armamento, sob forte calor.
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Policial tem que carregar guarda-chuva;
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Um policial tem carga horária diferenciada de outro. Por que?
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Um oficial com pouco tempo de MP foi agraciado com 2 medalhas, enquanto outros
que se dedicam há anos não tem seu trabalho reconhecido.
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Tem militar que foi preso pelo GAECO que está cedido para o MP.
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Tem militar investigado pelo GAECO que está cedido para o MP.
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Edifício-Sede parece um presídio, cheio de correntes e cadeados.
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Há coletes vencidos e armamentos sem condição de combate.
Algumas das informações são graves. Por isso o SISEMPPA encaminhou ofícios à Procuradoria-Geral de Justiça e à Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial para que sejam tomadas as medidas que o caso requer.
Na tarde do dia 09/10 a Diretoria Colegiada pode confirmar uma das denúncias. O militar que é escalado para fazer a guarda do portão do estacionamento do prédio das Promotorias Criminais (com entrada pela Av. 16 de Novembro) fica em um local totalmente inapropriado. Há uma mesinha com uma prancheta, onde é anotada a movimentação de entrada e saída dos veículos particulares. Um ventilador sopra o ar quente na cadeira e o reflexo do sol obriga a utilização de alguma proteção para os olhos. A mesa fica em uma das vagas do estacionamento, coberto com telhas de zinco que potencializam o superaquecimento do local. Um detalhe: o portão da garagem é eletrônico e todos os seus usuários possuem controle remoto para a abertura e fechamento.
O SISEMPPA reafirma sua oposição à crescente militarização do MPPA. E também se coloca à disposição dos servidores da carreira militar para que suas reivindicações de melhores condições de trabalho possam ser expostas e cobradas, já que, injustamente, são impedidos por força de lei de se manifestarem ou se organizarem em sindicatos.
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